domingo, 25 de setembro de 2016

Lições 25 e 26 de Estudo do Lar - Doutrina e Convênios (seminário)

Pessoal,
Segue os slides das duas aulas que dei sábado para os jovens da minha ala:

Unidade 25 - A Igreja é Transferida para o Norte do Missouri (Doutrina e Convênios 113-120)


Essa aula falou sobre a revelação que Joseph Smith recebeu sobre o dízimo, vocês podem fazer uma dinâmica com os jovens para ensina-los a forma correta de preencher a papeleta. Como os jovens da minha ala já sabia, só passei com eles o que é feito com o dinheiro de cada oferta descrita na papeleta.
No blog tem vários artigos com dinâmicas e lembrancinhas sobre o dízimo que vocês podem usar na aula:

Na internet tem muitas notinhas de dinheiro bacana para usar nessas aulas:















No site de jovens da igreja também tem um artigo muito bom chamado "Dízimo e Pizza" que é excelente para complementar essa aula.


Unidade 26 - O Estabelecimento de Nauvoo (Doutrina e Convênios 121-123)


Nessa aula tem uma escritura de memorização, então fiz o cartaz a parte, imprimi e entreguei para eles:



Essa aula pra mim foi bem especial porque fala sobre a Ordem de Extermínio e o massacre que aconteceu em Haun's Mill. Sempre que estudo o Doutrina e Convênios me lembro de uma aula que dei para os Valorosos quando fui professora que falou sobre uma história dessa cidade e como os que foram obedientes as instruções do Profeta Joseph Smith foram salvos e os que não foram, acabaram morrendo. Eu não tive tempo de contar, pra completar... quando fui pegar o arquivo no 4Shared, descobri que foi um dos arquivos que o provedor excluiu e o blog que na época eu enviada as aulas, também excluiu todos os posts. Então entrei online no manual da 5 da Primária e peguei o pequeno resumo da história e compartilhei depois com meus alunos no grupo do Facebook:

Haun’s Mill ficava vinte quilômetros a leste de Far West. Era uma pequena cidade fundada por um membro da Igreja chamado Jacob Haun. A cidade tinha um moinho para triturar grãos, uma oficina de ferreiro e algumas casas. Depois da batalha do rio Crooked, Joseph Smith disse a todos os santos que se reunissem em Far West ou Adão-ondi-Amã para terem proteção mas Jacob Haun não quis deixar sua propriedade. Ignorou as ordens do Profeta e instruiu as outras famílias a permanecerem na cidade. Puseram guardas para proteger o moinho e a cidade.
No dia 30 de outubro, nove carroções vindos de Kirtland chegaram a Haun’s Mill. As pessoas que neles viajavam haviam sido abordadas pela turba dois dias antes e forçadas a entregar todas as suas armas e munição. Decidiram descansar alguns dias em Haun’s Mill antes de viajarem para Far West. Naquela tarde, um grupo de 240 homens atacou Haun’s Mill. Muitos dos moradores da cidade fugiram para os bosques, mas alguns homens correram para a loja de ferreiro, pretendendo usá-la como forte. Os membros da turba apontaram suas armas para as grandes fendas nas paredes e para a porta aberta da loja e dispararam muitos tiros. Entraram no edifício, mataram deliberadamente um menino de dez anos que estava escondido ali e arrastaram pelo chão o pai moribundo do menino, tentando roubar-lhe as botas. Dezessete pessoas foram mortas no ataque e treze ficaram feridas.
Anos mais tarde, o Profeta Joseph Smith disse: “Os irmãos de Haun’s Mill recusaram-se a ouvir meu conselho; se o tivessem feito, sua vida teria sido preservada” [History of the Church 5:137].
Gosto muito de buscar na internet fotos atuais das cidades e condados citados em Doutrina e Convênios, então corri e procurei sobre Haun's Mill. Em português não achei nada, mas em inglês achei alguns links, que na correria acabei esquecendo de salvar todos eles, mas resumindo... as fotos que achei contam sobre o poço onde foram enterrados os que morreram durante o massacre, mas antes de compartilhar as fotos, vou compartilhar um pequeno trecho do manual "Nosso Legado: Resumo da História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" que fala sobre esse momento e está no "Capítulo 04 - O Estabelecimento de Sião em Missouri":

Amanda e outras pessoas tiveram a horrível tarefa de providenciar o sepultamento de seus entes queridos. Restaram apenas alguns homens capacitados fisicamente, incluindo Joseph Young, irmão de Brigham Young. Como temessem a volta da turba, não havia tempo para preparem sepulturas convencionais. Os corpos foram jogados num poço seco, que formou uma sepultura única. Joseph Young ajudou a carregar o corpo do pequeno Sardius, mas declarou que “não poderia jogar o menino naquela cova horrível”. Ele brincara com aquele “garoto interessante” na viagem para o Missouri, e “a natureza de Joseph era tão terna” que ele não poderia fazer tal coisa. Amanda enrolou Sardius num lençol e, no dia seguinte, ela e o outro filho, Willard, colocaram o menino na cova. Depois, jogaram terra e palha para ocultar a terrível cena.

É aqui que entra a parte do link principal que achei as fotos e não me recordo... Mas tinha uma matéria que contou que eles colocaram uma pedra bem grande no local onde foram sepultados os membros. Achei uma foto que foi tirada da pedra em 1907:


No Wikipédia americano tem um artigo sobre o "Massacre do Moinho Haun" que fala que em 1941 o proprietário das terras, retirou a pedra e colocou em um local chamado Breckenridge (Missouri) e hoje não se sabe exatamente onde os membros foram enterrados:


Segue mais algumas fotos:





Hoje enquanto preparava a publicação do blog, achei um discurso do Presidente James E. Faust da Conferência Geral de abril de 200 chamado "O Escudo da Fé" onde ele fala o que aconteceu com Amanda Smith e seus filhos após o massacre.
Os jovens estudaram em seu manual do lar que um de seus filhos foi morto e outro acabou sendo baleado no quadril, nesse discurso James E. Faust complementa o que aconteceu em seguida, então copiei um trecho do discurso e enviei para os jovens:

Em Haun's Mill, uma heróica pioneira, Amanda Smith, aprendeu pela fé a fazer algo que estava além de suas habilidades e do conhecimento científico da época. Naquele dia terrível, em 1838, quando o tiroteio cessou e os arruaceiros partiram, ela voltou ao moinho e viu seu filho mais velho, Willard, carregando o irmão de sete anos, Alma, nos braços. Ela gritou: "Oh, meu Alma está morto".
"Não, mãe", disse ele. "Acho que Alma não está morto, mas o papai e o irmão Sardius estão mortos." Mas não havia tempo para lágrimas naquele instante. Todo o osso do quadril de Alma tinha sido arrancado por um tiro. Mais tarde, Amanda contou o que aconteceu:
A carne, o osso do quadril, a junta e tudo o mais tinham sido arrancados pelo tiro. … Deitamos o pequeno Alma em uma cama em nossa barraca, e examinei o ferimento. Era uma visão terrível. Eu não sabia o que fazer. … Mas fiquei ali com ele, durante toda aquela longa e terrível noite, com meus mortos e meus feridos, sem ninguém além de Deus como nosso médico e adjutor. "Oh, meu Pai Celestial", clamei, "o que devo fazer? Estás vendo meu pobre filho ferido e sabes da minha inexperiência. Oh, Pai Celestial, mostra-me o que devo fazer!" E então fui guiada como se uma voz falasse comigo.
… Nossa fogueira ainda estava fumegando. … Fui instruída a apanhar … as cinzas, fazer uma lixívia, ensopar um pedaço de pano nela e passar diretamente sobre o ferimento. … Molhei o pano repetidas vezes e coloquei-o na ferida … e a cada vez pedaços de carne macerada e fragmentos de osso saíam junto com o pano, até que a ferida ficou branca como carne de galinha.
Depois de fazer o que me fora instruído, orei ao Senhor e novamente fui instruída tão claramente como se um médico estivesse a meu lado conversando comigo. Ali perto havia um pé de olmo de tronco liso. Foi-me dito que fizesse uma … cataplasma e enchesse a ferida com ela. … Fiz a cataplasma e cobri a ferida, sendo necessário quase 30 cm de linho para … fazer um curativo adequado.
Levei o menino ferido para uma casa … e enfaixei seu quadril; com o Senhor me orientando como antes. Lembrei-me de que no baú de meu marido havia um frasco de bálsamo. Despejei um pouco na ferida, aliviando muito a dor que Alma sentia. "Alma, meu filho", disse eu, "você acredita que o Senhor criou o seu quadril?"
"Acredito, mãe."
"Ora, então o Senhor pode fazer algo para pôr no lugar de seu quadril. Acredita que Ele possa fazer isso, Alma?"
"Acha que o Senhor pode fazer isso, mãe?" perguntou o menino, com simplicidade.
"Acho, sim, meu filho", respondi. "Ele mostrou-me tudo em uma visão."
Então deitei-o confortavelmente de bruços e disse: "Agora deite-se assim e não se mexa, que o Senhor vai fazer um novo quadril para você".
E Alma deitou-se de bruços por cinco semanas, até recuperar-se completamente. Um tecido flexível havia crescido no lugar da articulação que faltava, algo que até hoje tem deixado os médicos admirados.
Isso aconteceu já há quase quarenta anos, mas Alma nunca foi inválido em toda a sua vida, tendo viajado muito como missionário do evangelho, e é um milagre vivo do poder de Deus.12
O tratamento foi incomum para aquela época, nunca tinha sido visto antes, mas quando chegamos a extremos, como a irmã Smith, temos que exercer nossa simples fé e ouvir o Espírito, como ela o fez. O exercício da fé tornou-a mais forte. Tal como Alma ensinou:
"Se … exercerdes uma partícula de fé, … até acreditardes de tal forma que possais dar lugar a uma porção de minhas palavras.
… Deve ser uma boa semente, … a palavra é boa porque começa a dilatar-me a alma; sim, começa a iluminar-me o entendimento …
Ora, eis que isso não aumentaria a vossa fé?"13
A retidão é companheira da fé. Adquirimos uma fé forte cumprindo os mandamentos. Isso ajuda-nos, como Paulo declarou, a "[revestir-nos] de toda a armadura de Deus".
Uma curiosidade que achei foi na Liahona de Junho de 2004 na seção "Você Sabia?" que fala sobre o hino "Que Firme Alicerce" que consolou os membros após esse massacre:

Que Firme Alicerce

“Que Firme Alicerce” foi publicado pela primeira vez em 1787. Emma Smith incluiu esse hino no primeiro hinário SUD, em 1835.
Esse hino ajudou a consolar os santos perseguidos. Depois do massacre de Haun’s Mill, em 1838, durante o qual seu marido e filho foram mortos, Amanda Smith reuniu as mulheres e crianças que pranteavam na casa de um dos santos. Elas oraram em voz alta pedindo consolo. Certo dia, a milícia estadual disse aos santos que se não parassem, seriam mortos. Não era seguro orar em voz alta dentro de casa, por isso Amanda se esgueirou até um campo de milho.
“Quando saí do milharal, ouvi uma voz. Ela foi tão clara como se eu estivesse ouvindo alguém falando comigo. Não foi uma forte e silenciosa impressão do espírito, mas uma voz , repetindo uma estrofe de um hino dos santos:
“A alma que em Cristo confiante repousar,
A seus inimigos não há de se entregar.
Embora o inferno a queira destruir,
Deus, nunca, oh, nunca, o há de permitir.”
Hinos, n.o 42]
“Daquele momento em diante”, disse Amanda, “não tive mais medo.” (Ver Karen Lynn Davidson, Our Latter-day Hymns [1988], p. 115.) Esse hino ainda hoje é uma lembrança do poder protetor do Salvador.
No site Mormon Historic - Sites Foundation tem um artigo com fotos atuais da propriedade que hoje pertence a igreja. Estão na publicação chamada "Moinho de Hawn, Condado de Caldwell, Missouri".

Bom é isso, essa aula é muito boa e tem muitas coisas que podem ser compartilhadas. Espero que tenham gostado.

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